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Mesotelioma é um tipo de neoplasia que se desenvolve a partir das células do mesotélio - tecido de origem mesodérmica que forma o epitélio que reveste externamente as vísceras. A área mais comumente afetada é a pleura, mas também pode ocorrer com menor frequência no peritônio e, mais raramente, no pericárdio e na túnica vaginal. Os sinais e sintomas do mesotelioma podem incluir dispneia, ascite, dor torácica, tosse, fadiga e perda de peso. Esses sintomas são progressivos, mas podem ser tardios devido ao curso geralmente lento da doença.
Mais de 80% dos casos de mesotelioma são causados pela exposição ao amianto. Quanto maior a exposição, maior o risco. Estima-se que cerca de 125 milhões de pessoas foram expostas ao amianto em todo o mundo e que o mesotelioma afete 1 a 2 milhões de pessoas por ano. A alta incidência da doença ocorre entre trabalhadores de minas de amianto, de empresas que utilizam essa fibra mineral como matéria prima ou que comercializam produtos fabricados com ela. Alguns autores afirmam que até mesmo lavar rotineiramente as roupas de quem trabalha com amianto constitui um fator de risco para o mesotelioma, que, muitas vezes, pode levar até 40 anos para se manifestar. Outros fatores predisponentes incluem herança genética e infecção pelo vírus SV40. Casos sugestivos, verificados em achados radiográficos ou tomográficos, podem ser confirmados por exames citológicos e histológicos.
O tratamento geralmente inclui cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Um procedimento conhecido como pleurodese utiliza estímulos mecânicos ou químicos - com substâncias como o talco -, para promover o colabamento dos folhetos pleurais e impedir o acúmulo de líquido nesse espaço. No tratamento quimioterápico, os agentes mais comumente utilizados são a cisplatina e o pemetrexede. No Brasil, cerca de 95% dos pacientes evoluem para óbito nos primeiros 2 anos após o diagnóstico da doença. Nos Estados Unidos, a taxa de sobrevida após 5 anos de diagnóstico é de cerca de 8%.
Em 2013, cerca de 50.000 pessoas tiveram mesotelioma e 34.000 morreram da doença. As taxas de incidência variam de acordo com a região, sendo mais elevadas na Austrália e na Grã-Bretanha e mais baixas no Japão. Ocorre com maior frequência após os 50 anos de idade e acomete mais homens do que mulheres.